Cortes ocorrem logo após empresa anunciar investimentos de R$ 70 bi em operações no PA
Em um movimento que gerou surpresa no mercado, a mineradora Vale anunciou recentemente a demissão de mais de 157 funcionários do Projeto Salobo, em Parauapebas (PA).
No entanto, apesar dos recordes de exportação e do bônus histórico de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o corte de funcionários no projeto Salobo levanta questões sobre o real impacto dessas mudanças nas pessoas que contribuíram para o crescimento da empresa.
Investimento milionário e cortes de funcionários: uma combinação controversa
A Vale, que segue com um bom desempenho em suas operações e no mercado global, tem experimentado uma fase de expansão e modernização.
A companhia, que há anos vem apresentando crescimento constante, atingiu recordes de exportação, superando metas anuais e conquistando um dos maiores índices de PLR de sua história.
Isso, por si só, já seria motivo para comemoração, especialmente considerando o atual cenário global da mineração e da economia brasileira.
No entanto, o cenário parece contrastar com a decisão de demitir mais de 150 trabalhadores, muitos deles com mais de 15 anos de dedicação à empresa.
O Projeto Salobo, considerado um dos pilares da operação da Vale em Parauapebas, está no centro dessa polêmica.
Apesar dos grandes números de exportação e a boa performance financeira, a empresa optou por cortar uma parte significativa de seu quadro de colaboradores.
O que está por trás das mudanças: o Programa Novo Carajás e a inovação tecnológica
O Programa Novo Carajás, com um investimento de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2030, promete transformar a operação da Vale na região de Carajás, concentrando-se principalmente no Projeto Salobo.
60% desse valor, cerca de R$ 42 bilhões, serão destinados ao Salobo, para modernizar a produção e implementar tecnologias inovadoras que visam aumentar a eficiência e reduzir custos operacionais.
Entretanto, as mudanças tecnológicas não são isentas de impactos para os trabalhadores.